ALEXANDRE O GRANDE

 


Isócrates era um filósofo de Atenas, viveu 100 anos, observou o auge da cidade com Péricles e seu declínio após a derrota para Esparta. Ele tinha um sonho - queria um povo grego unido sob um só comando. Claro que ele sempre imaginava que Atenas seria a cidade capaz de liderar a Grécia, mas no final de sua vida ele veria um novo reino ascender, a Macedônia.

O ano é 336 a.C. o rei Felipe II da Macedônia havia derrotado as cidades gregas de forma definitiva com a Batalha da Queroneia em 338 a.C. e agora promovia um casamento que poria fim a seu filho Alexandre, como herdeiro ao trono. Bêbado, Felipe e Alexandre discutiram e o filho partiu com sua mãe Olímpia para a região da Ilíria. Felipe seria assassinado ao tentar promover sua imagem em conjunto a dos deuses naquele ano, seu filho, Alexandre tornar-se-ia o novo rei da Macedônia. O novo rei tinha apenas 20 anos, mas desde pequeno ele havia sido criado como um descendente de Aquiles, cujo seu destino era expandir seu poder pelo mundo. Sua mãe Olímpia provavelmente havia conspirado contra Felipe, pois o pai estava conquistando tudo e planejava invadir a Pérsia, o que sobraria para Alexandre? Provavelmente essa movimentação fez com que Felipe procurasse retirar Alexandre do sucessão ao trono. Alexandre já era o príncipe regente desde os 16 anos, enfrentara os Atenienses e Tebanos em Queroneia liderando a cavalaria, muitos macedônios já reconheciam o talento de Alexandre (agora Alexandre III) desde muito jovem, quando o mesmo havia domado seu cavalo Bucéfalo aos 12 anos de idade.

Num primeiro momento as cidades gregas desafiaram Alexandre, mas Alexandre demonstrou seu poder sobre elas, se auto proclamando o líder das cidades da Grécia. Tebas foi invadida e enfrentou o primeiro episódio de ira de Alexandre, ficando com um saldo de três mil mortos e mais de dez mil condenados ao exílio do mundo grego. O episódio amedrontou as cidades gregas, Atenas inclusive pede perdão aos macedônicos. Esse ato afasta algumas alianças, tanto é verdade que ao formar a aliança grega para invadir a Pérsia, as cidades gregas enviaram pouquíssimos soldados, e no final havia mais gregos do continente no lado persa do que ao lado dos macedônicos. Mas Alexandre conseguiu o que queria, manter o domínio sobre as cidades gregas. 

Ao reunir seu exército, Alexandre atravessa o Helesponto e enfrenta os persas na batalha do rio Granico e conquista Sárdis a capital persa da Ásia Menor. A vitória sobre os persas nesta região "liberta" as cidades gregas da Ásia Menor, em teoria, pois agora elas deveriam estar submetidas a Alexandre. A seguir Alexandre vai até a cidade de Górdio onde desata o nó Górdio - o cortando com a sua espada. O rei persa Dario III havia chegado ao trono através de um golpe de estado, não pode organizar sua frota antes da travessia de Alexandre pelo Helesponto, porém, em 333 a.C. ele organiza um grande exército e tenta derrotar Alexandre na Batalha de Isso, porém é derrotado, deixando para trás um grande tesouro, sua esposa, suas filhas e até mesmo sua mãe, que iria adotar Alexandre como um filho. A partir desta derrota, Dario III propôs a divisão da Pérsia entre eles, mas Alexandre afirmou que a Pérsia só poderia ter um rei. Em 332 a.C. após uma rápida vitória sobre o Egito, Alexandre chega na região, onde em Siuá é proclamado filho de Amom. Nesta sua estadia no Egito, ele vai fundar a primeira de suas cidades, Alexandria, que mais tarde se tornaria um importante centro cultural da antiguidade.


 Em 331 a.C Alexandre parte para a conquista da Mesopotâmia, e ocorre a maior batalha contra Dario - a chamada Batalha de Gaugamela. Alexandre consegue fazer uma manobra e coloca o rei Dario III a fugir do combate, sem comando centralizado, os persas , que estavam em vantagem na batalha, acabam se dispersando e são derrotados. Alexandre persegue Dario III até a Bactria, mas Dario é traído por um de seus Sátrapas. Alexandre diz que Dario III o nomeou como sucessor e grande rei da Pérsia. Em 330 a.C. nós temos Alexandre o Grande usufruindo de diversos elementos da cultura oriental, o que trouxe alguns desentendimentos com seus companheiros macedônios. Neste ano nós temos o assassinato orquestrado por Alexandre de diversos aliados, como Filotas e seu pai o general Parmênio.Vai sobrar até para Clito, general que salvou Alexandre em Granico. Após estes eventos Alexandre organiza mais uma expedição militar para a parte mais oriental do Império. 

Após seu casamento com Roxana, Alexandre partiu para a conquista os reinos da Índia. Após inúmeras vitórias e alianças locais, em 326 a.C. ocorreria a batalha de Hidaspes onde o rei Poro enfrentara Alexandre com muita coragem, sendo nomeado aliado de Alexandre mesmo após a derrota. A partir daí o medo dos Macedônios de uma grande e exaustiva campanha contra os reinos da Índia toma conta e eles se amotinam nas margens do rio Béas. Chegava ao máximo a extensão do reinado de Alexandre.

Enquanto isso a Macedônia vivia com poucos conflitos, a frota de Alexandre, agora composta de Fenícios e egípcios estava próxima a região das cidades gregas, e tirando um embate contra o rei Ágis III de Esparta, os Macedônios mantiveram o poder com tranquilidade. Alexandre enviava diversos tesouros para a Macedônia, porém o exigente pedido de homens para a batalha acabava deixando a Macedônia enfraquecida.

Alexandre vai acabar morrendo em 323 a.C. após semanas de febre. Sua postura de não deixar herdeiros (seu irmão era deficiente e Roxana estava grávida) acabou dividindo seu grande reinado após a sua morte entre seus generais. Dizem que eu seu leito de morte, ao ser perguntado sobre quem ficaria em seu lugar, Alexandre teria dito, que seja o mais forte

 


 

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